quarta-feira, 18 de março de 2009

Silêncio das Palavras

Nada me alegra mais que uma palavra,
E nada é tão inversamente paralelo como o silêncio.
Tento ouvir-te ao longe,
Nem que apenas um sussurro,
Um murmúrio moribundo por entre o som da chuva que vai caindo,
Mas nada…
A cada pingo que me cai sobre a face
Imagino o que dirias se me visses,
Se apenas reparasses na existência das minhas palavras,
Na essência de um pensamento que não existe isolado
E que vive na quietude narcisista do ser
Apenas o ser,
Nada mais que ser ele próprio em silêncio.
Ouço-me apenas a mim.
Ouço repetidamente o som das minhas palavras sem resposta,
O deslizar de uma caneta sobre uma folha em branco,
Uma tecla seguida da outra…
A partir daí?!
A partir daí não ouço nada!
Talvez um dia o meu pensamento se cale para sempre…
Talvez nesse dia me queiram ouvir…

-G

4 comentários:

disse...

Giro

Salomé Gonçalves disse...

Não te cales nunca... As tuas palavras enchem os meus dias! São elas que me ajudam a acordar de madrugada, que me adormecem à noitinha, que me visitam nos meus sonhos...

És tu que me fazes acreditar.
Amo-te

Unknown disse...

Talvez um dia o meu pensamento se cale para sempre…
Talvez nesse dia me queiram ouvir…
Talvez nada disso pá! |:

haunted words in a forgotten memory disse...

Olá, passei aqui pelo teu blog e tive especial curiosidade em ler este teu post. Fiquei admirada por encontrar algo com que me identifico tanto nestes dias..*

 
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